domingo, 12 de fevereiro de 2012

Trovadorismo


A comprovação da literatura portuguesa aparece na forma de Cantiga, no século XVII e, a religião, na Provença, desenvolvia-se em mosteiros, que foram verdadeiros centros de cultura artística. Tudo o que se produzia na Idade Média estava relacionado aos textos sagrados e ao cristianismo - a igreja era o centro do poder naquela época (só começa a perder sua força no movimento denominado Arcadismo). A Igreja era o centro do poder naquela época e fica bem mais fácil a compreensão desse movimento assistindo ao filme O Nome da Rosa  (em italiano: Il nome della rosa), é um romance do escritor italiano Umberto Eco, lançado em 1980. Romance que o tornou conhecido mundialmente, e cujo enredo, gira em torno das investigações de uma série de crimes misteriosos, cometidos dentro de uma abadia medieval.
Bom, quase todos nós somos analfabetos no campo da transcrição musical. Portanto, da época, conhecemos apenas algumas dessas transcrições (a maioria de músicas religiosas, visto que os padres tiveram mais cuidado na conservação de documentos do que os leigos). Temos então, por volta de oito músicas conhecidas e outras poucas com transcrições parciais – ainda assim, de canções que não são de Portugal - são parentes dessas que existiram na mesma época e, mais principalmente no sul da França, na região chamada Provença - também denominada de Langue Doc, que era o sul da França, e, que naquele tempo era muito mais desenvolvido que o norte. Agora se inverteu, o norte da França é muito mais próspero e rico do que o sul.
 
Abaixo, as classificações dessas cantigas e suas características:

Cantiga de amor
Eu lírico masculino. Ausência do paralelismo de par de estrofes e do leixa-pren. Predomínio das ideias. Assunto Principal: o sofrimento amoroso do eu-lírico perante uma mulher idealizada e distante. Amor cortês; convencionalismo amoroso. Ambientação aristocrática das cortes. Forte influência provença. Amor impossível e platônico devido a posição social da mulher ser melhor que a do trovador apaixonado. Vassalagem amorosa "o eu lírico usa o pronome de tratamento "senhor".

Cantiga de amigo
Eu lírico feminino. Presença de paralelismos. Predomínio da musicalidade, por esse motivo apresenta refrão. Assunto Principal: o lamento da moça cujo amado partiu. Amor natural e espontâneo. Ambientação popular rural ou urbana. Influência da tradição oral ibérica. Amor possível. Deus é o elemento mais importante do poema. Pouca subjetividade. É mais popular.

Cantiga de escárnio
Na cantiga de escárnio, o eu-lírico faz uma sátira a alguma pessoa. Essa sátira era indireta, cheia de duplos sentidos. As cantigas de escárnio definem-se, pois, como sendo aquelas feitas pelos trovadores para dizer mal de alguém, por meio de ambiguidades, trocadilhos e jogos semânticos, num processo que os trovadores chamavam "equívoco". O cômico que caracteriza essas cantigas é predominantemente verbal, dependente, portanto, do emprego de recursos retóricos. A cantiga de escárnio exigindo unicamente a alusão indireta e velada, para que o destinatário não seja reconhecido, estimula a imaginação do poeta e sugere-lhe uma expressão irônica, embora, por vezes, bastante mordaz.

Cantiga de maldizer
Ao contrário da cantiga de escárnio, a cantiga de maldizer traz uma sátira direta e sem duplos sentidos. É comum a agressão verbal à pessoa satirizada, e muitas vezes, são utilizados até palavrões. O nome da pessoa satirizada pode ou não ser revelado.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escolas_liter%C3%A1rias

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