Nestas criações
homéricas eram analisados o papel, a fonte e a essência da literatura,
que detinha, entre outras qualidades, o poder de seduzir as pessoas,
quando elas se reuniam para ouvir a narração de histórias, ainda no seu
estágio oral.
Platão, em A República, e Aristóteles,
na Poética, teorizaram mais profundamente sobre os aspectos literários,
sendo atualmente considerados os pioneiros das pesquisas sobre a
Literatura. Durante o Classicismo, marco artístico, cultural e literário
que vigorou na Itália, durante o Renascimento, predominou o culto aos
clássicos greco-romanos, que foram resgatados, reinventados e publicados
em vários países e diferentes línguas.
Logo depois, com a ascensão do Humanismo, que centralizava o foco das atenções
no indivíduo, o escritor passa a ser o núcleo das análises, que passam a
se valer dos aspectos biográficos destes artistas, na tentativa de
entender suas produções a partir de suas trajetórias existenciais. A
partir do século XIX, um novo ponto de vista começa a surgir, com um
teor científico, transformando assim a literatura em ciência.
Agora
os teóricos procuram na obra uma forma de unir a vida do escritor ao
contexto sócio-político em que ele viveu e produziu. Este período vê a
perspectiva científica triunfar com a ampliação do ideal racionalista
inerente ao Iluminismo.
Muitos já se referem à ciência da literatura, a qual possui inclusive
métodos próprios, que revezam ou combinam padrões
biográfico-psicológicos, sociológicos e filológicos.
Mas é no século XX, como crêem a maior parte dos pesquisadores, que nasce a Teoria Literária como
ela é conhecida hoje, com o surgimento de escolas como a Neo Crítica
dos EUA, e o Formalismo Russo. Ambas advogam que os estudos literários
devem buscar na própria literatura as fontes necessárias, em uma análise
imanente, sem precisar recorrer a outras disciplinas. Eles pretendem se voltar para a compreensão da estrutura literária, das suas características.
Ao
longo da evolução da Teoria Literária, predominaram duas categorias
distintas na forma de analisar as obras – a normativa, que postulava a
estética clássica, segundo a qual toda produção literária deve adotar
normas inflexíveis, baseadas em um cânone previamente estabelecido,
metodizando a forma antes de elaborar o texto; e a descritiva, que
defendia a estética romântica, a qual concedia ao escritor total
liberdade na criação de sua obra, que só posteriormente seria classificada em um determinado gênero da literatura.
A
Teoria Literária estuda a literariedade, a evolução literária, os
períodos da literatura, os gêneros, a narratividade, os versos, sons e
ritmos, as influências exteriores sobre a produção literária, entre
outros aspectos desta disciplina. Fonte: www.infoescola.com/literatura/teoria-literaria/
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